(01/10/2011)
Depois da menina de olhos azuis o ter salvo da morte certa, Pinóquio começou a contar-lhe as suas desventuras, mas tanto inventa que o nariz cresce a cada mentira. Envergonhado tenta fugir, mas o nariz não o deixa passar pela porta, e fica ali trancado de castigo, por ter mentido a quem lhe salvou a vida.
Felizmente já não é assim. Desde que os Vikings usaram “Elmas” com cornos, (e a moda pegou), as portas foram alargadas, para que os “descendentes (guerreiros) e os Pinóquios” não corram o risco de ficar trancados, podendo entrar e sair, inventar e mentir, até que eles próprios acreditem nas suas aldrabices, tal como nós acreditamos por cobardia, à espera que a resolução dos nossos problemas caia do céu aos trambolhões.
Não temos outra alternativa, senão a de voltar a “apostar” em quem nos mentiu, ou ficar em casa com as novelas sexo-lacrimosas, concursos de electrodomésticos, e calhandrices. Enfim, é a cidadania de “sofá”, sentada na miséria Nacional e na descrença de Portugal. É a lei do derRotativismo, composto de “manhosos e mafiosos”, que deslizam entre os dedos de uma Republica Monarquizada, com uma dezena de famílias a Governar, (no lugar de uma família a Reinar), que já suportamos, desde que se evaporou o perfume da rosa e o sumo da laranja, agora convertidos num amargo detergente, para branquear a “sujeira” em que vão transformando este País, e só não se juntam, porque não cabem todos na mesma sala de jantar: Cavaco, Soares & Filho / Maria, Barbara & Carrilho (.) Rio, Santana, Mendes & Balsemão / Ferreiras, Leites, Amarais & Durão (.) Almeidas, Guterres, Sócrates & Portas / Ferro, Belém, Assis, Seguro & Basílio Horta (.) Gama, “Coelhos Passos”, governantes & Jardins, “Coelhos Jorges” negociantes (.) Marcelo, Freitas, que gravitam à roda & os (a)pelos pub(l)icos de Catroga, etc. Etc.
Neste etc. Não há lugar para intrusos. Nem os “Nobres” independentes conseguem ser eleitos chefe da matilha. É preciso nascer, crescer na alcateia, marcar o terreno para que o intruso não venha também comer e beber sem trabalhar, dormir e ressonar, conversar, passear, gastar e negociar o futuro da reforma, que depois vai ganhar.
Desde o “saudoso” Abril, (para nós sempre o 1º e nunca o 25), que andamos nisto, “apostamos” alternadamente no preto ou no branco. A oposição está sempre á direita quando a esquerda esta a governar e à esquerda quando a direita esta no poder. Só que agora, o P S lembrou-se de ultrapassar pela direita, e ficou encravado entre a segunda fila e a berma (P S D e C D S) a servir de muleta, que dá razão à velha máxima: “se não os venceres, junta-te a eles”. Com tais alternâncias, isto já nem é preto nem branco, é uma monotonia a “preto e branco” que nos faz desbobinar a fita, e ter saudades do tempo, em que a televisão encerrava a emissão com o Hino Nacional, depois do programa “A Visita da Cornélia” de Raul Solnado e Fialho Gouveia, com as canções de António Mourão. “Ò tempo volta p’ra trás / dá-me tudo o que eu perdi / tem pena e dá-me a vida / a vida que eu já vivi”.
Pobre Pátria: “ai se a tua mãe soubesse, o que os caciques fazem de ti para (se) governar ”! Agora, o Coelho saiu da toca, para tirar da cartola”, o Sr. Mota (Vespa das pizzas), que veio de Scooter e foi de carrinho (com chauffeur) e a “super”, Assunção CRISTAS, “um poço de sabedoria” na Agricultura (da batata), e Pescas, (do tamboril), para além do desOrdenamento do Território e Ambiente, que criou “lá em casa”, com “eles” a trabalhar de tanga, sem gravata de nó apertado, e “elas” de biquíni, para poupar no ar condicionado. Pela minha parte, até podem apagar a luz. Está visto, que vão continuar a “malhar” às cegas no (BPP) Bom Povo Português, para cumprir e fazer cumprir, em nome da Constituição e da Pátria Mãe, os pecados capitais de sempre: 1º SAÚDE. – Taxas a crescer, saúde a encolher: miséria mínima garantida. 2º DEFESA. - Expulsos das “nossas” com as palhas à cinta, acudimos agora (com submarinos), às Colónias Americanas. 3º EDUCAÇÃO. -Saber ler cartazes festivos, avisos das Finanças, e mensagens de telemóvel. 4º DESPORTO. - O futebol venceu Fátima e Fado: Portugal é agora o terreno de jogo da Troika, a cabeça do contribuinte é a bola. 5º ECONOMIA. - Privatizar lucros, nacionalizar buracos, e oferecer Bancos aos amigos. 6º CULTURA. -Continua “de salto alto”, a restaurar as mamas e o hímen nas clínicas de luxo, para seduzir os patrocinadores dos comícios, e envernizar as Betoneiras. 7º ALTERNANCIAS POLÍTICAS. Está difícil: “um” meteu o socialismo na gaveta, “outro” meteu a gaveta no cofre, e o “ultimo”, entregou o cofre ao F M I !
Não me assustam as Agencias de Notação Financeira. Duvidoso seria, se elas avaliassem de modo diferente um País, com a maioria da população activa, subsidio-dependente que não trabalha, não desconta para os idosos, trata-os mal, come-lhe a reforma, tem os filhos a passar fome, e só pensa nos copos e espreguiçar-se nas praias. Que tem um Governo formado com “gente” que faz lembrar as duas Marias: a Maria patroa quando está no Terreiro do Paço, e a Maria costureira quando esta a falar ao partido na Madeira, e chefiado por Passos, (filho adoptivo dos Ângelos, Correia e Merkel), e a parelha, Álvaro e (o Rei Mago) Gaspar, que guiados pela estrela do desOriente, foram encontrar a gordura do estado no esqueleto do contribuinte, a aumentar-lhe a água, pão, leite, luz, gás, I V A, e transportes, para que os pobres (que pagam impostos) vão trabalhar a pé, e a descer a Taxa Social Única, para que os ricos (que não pagam nada) vão passear de Ferrari, e ainda o “atraco” ao subsidio de Natal, que até os recibos verdes, (precários de ultimo grau), ficam com o Natal mas sem o bacalhau. E que logo a seguir, vão cortar “o” das férias todo, antes de cortar a outra metade que ficou para traz, e concluir com o corte do décimo quarto e 30% do salário. As Agencias sabem que esta gente, quer matar-nos de fome, e mortinhos de fome, não temos forças para levantar o País. Portanto a qualificação de lixo, não é mais de que desligar-nos do ventilador, e livrar-nos desta agonia (.) “Abelha sem comida, a colmeia está perdida!”
Por culpa do Sócrates, não o de Atenas que viveu em (470-399 a.C.), e que ensinou os justos a ver a verdade, mas sim do Sócrates de Vilar de Maçada, Alijó, declarado e registado em (1957 d.C.) eleito pela Democracia, “Banqueira Empreiteira Pública”, que deixou a Pátria por eles tomada, com a recompensa de DOZE MIL MILHÕES DE EUROS, para agradecer os serviços prestados no buraco de CINCO MIL MILHÕES do B P N, para que os “filhos” da Pátria (mãe) continuem a erguer a taça de champanhe, enquanto os “enteados” da Pátria (madrasta) erguem a tampa do caixote do lixo para matar a fome, e que permitiu encerrar, campos, fabricas, lojas, escolas, hospitais, tribunais, consulados, e que permitiu abrir, shoppings, campos de golfe, casas de alterne, salas de chuto, centros de desemprego, assessorias e consultorias (e demais porcarias) e que depois fugiu tirar um curso das Novas Oportunidades Filosóficas em Paris, (tal como os seus antecessores, Guterres e Barroso), e deixou isto no estado de um galinheiro, depois de visitado pele raposa, antes de assinar o memorando com a Troika, para nos por a pão e água, na próxima década, enquanto (ele) recarrega as baterias no aconchego da cidade luz e do Moulin-Rouge, tal como seus antecessores, nas sopas das Nações Unidas, e nas almofadas da Comissão Europeia, antes de regressarem para se candidatar ao prémio do mais alto cargo da Nação, (com aplausos e aclamação), que lhe será entregue pelos que sofrem de amnésia há trinta e cinco anos, a quem a memória e visão, não vai alem da ponta do nariz, que andam (agora) todos preocupados, com os buracos da Madeira que serviram para construir escolas, estradas e Hospitais / e não querem saber dos buracos da R T P (das novelas) que são iguais / nem dos buracos do Metro de Lisboa que são de duas vezes mais / para não falar dos buracos do “queijo Suíço” do B P N multiplicados por cinco para manter ladrões profissionais (.) e que andam todos contentes por serem promovidos de “puro-sangue Lusitano” / para “burro de carga Troikano” (.) e continuam radiantes” a servir de mesinha-de-cabeceira ao casal / a segurar a velinha para iluminar o enlace matrimonial / para que formem um governo Nacional de “Salvação Pessoal”(.) e agora que tudo acabou / “fomos abandonados, comatosos e acamados”/ na cama que a cegueira nos preparou!
Caiu o pano: o espectáculo terminou! O que me aborrece, não é de me terem “aldrabado”, mas de não conseguir voltar a acreditar em vocês.
O tempo não volta p’ra traz. Restam as saudades do (meu rico) tempo perdido! “A Severa foi-se embora / o tempo p’ra mim parou / o passado foi com ela / para mim não mais voltou”!