domingo, 29 de janeiro de 2012

A Europa dos pequeninos.

(01/04/2011)
Uma das maiores alegrias da minha vida, aconteceu quando entramos para a Comunidade Europeia. A maior foi de ver a felicidade da minha avó quando fiz a primeira comunhão.
A Europa, era para nós a esperança de alcançar a terra prometida dos bons salários, saúde, boas reformas e protecção social, sob o lema da “Liberdade Igualdade e Fraternidade”, protegidos por um céu Europeu onde nada de mal nos poderia acontecer. O tempo foi passando e o sonho desmoronando. Tudo não passava de uma ilusão, de sol de pouca dura e água de instantânea fervura. Ao ritmo que a neblina da ilusão ia evaporando, tudo ficava mais transparente, para ver os agricultores a fugir da terra, os pescadores a fugir do mar, a industria a definhar, e os fundos comunitários a servirem para trocar o velho televisor pelo plasma, a bicicleta pelo jipe, o barco de pesca pelo barco de recreio e para trocar a enxada pela raquete, pelas barbatanas, pelo taco (o pau) e as bolas e para invadir os campos de golfe a reclamar que a relva é nossa.
A aragem que soprava de norte, anunciava-nos um futuro tranquilo a comer, beber, dormir e com intervalos para festejar, ao ponto de as escolas profissionais serem transformadas em fabricas de formação de hoteleiros, serventes de mesa e cozinheiros, em vez de pedreiros, carpinteiros e serralheiros para aumentar a produção e a exportação e inverter os 70% que consumimos para os 30% que (miseravelmente) produzimos em vez de andar a manter “batalhões” de lambões, mandriões e comilões que transvestidos de gente, só sabem viver da mingua do subsidio público, e fazem de nós os desgraçadinhos da Europa dos pequeninos, comparados com os da carteira que valem por três, tal como o Espanhol o Alemão e o Francês.
Esta união de “facto” e gravata, só poderá ter sido engendrada por países com ambições de alargar a área de caça, para além das suas fronteiras onde os senhorios do couto, atraídos pelo “pântano” de Guterres e pela tanga do “cherne”, escolheram (estrategicamente) um pequeno país periférico praticamente falido, para promover Durão Barroso a presidente da União Europeia. Faz-me lembrar o Faneca que imigrou para a capital, e por lá permaneceu doze meses a distribuir embrulhos (de bicicleta) e só, quando os “municipais” desembrulharam o embrulho para embrulhar o Faneca, é que ele percebeu na embrulhada que estava metido. Mas como “isto” é um viveiro de talentos com perfil para estas trafulhices, vieram logo a seguir contratar Victor Constâncio para vice-governador do Banco Central Europeu, e recompensa-lo dos serviços prestados no funeral do B P N ao permitir que os coveiros cavassem o buraco da sepultura com tal profundidade que já lá jazem cinco mil milhões de euros dos contribuintes, e ao que parece, a procissão ainda não saio do adro. Que credibilidade tem a Europa, ao por esta gente á frente dos destinos de meio Mundo? E como fomos (também) seleccionados para fazer o trabalho sujo de presidir o comité das sanções contra a Líbia, receberemos (em breve) a visita dos terroristas, enquanto os outros países recebem o petróleo.
Parece que, até o lusitano mais distraído, já terá percebido que é a Alemanha quem dita a meteorologia na Comunidade, mas parece ter-se esquecido que a Alemanha nunca morreu de amores pela Europa, e só não a ajoelhou através das armas porque não conseguiu, e nunca nos perdoou de ter sido vencida e proibida de fabricar armamento durante o período da guerra fria. Tempo precioso que soube aproveitar sabiamente para se modernizar e fortalecer a sua indústria, enquanto nós brincava-mos a fabricar armas de “pólvora seca”, ela fabricava a mãe de todas as armas: O dinheiro!
Às três, foi mesmo de vez. Agora que tinha-mos a nossa vidinha arrumada, habituados a viver de fundos perdidos, com lugar cativo e mesa reservada no restaurante, e garrafa de digestivo privada na prateleira do café; lá vem a “sem vergonha” fechar a torneira para nos por a viver com fundos de juros acrescidos, que logo teremos que devolver á proveniência, para lhes comprar o que a eles lhes sobra, e que a nós tanta falta nos faz. No preciso momento que a sardinha Galega era uma delícia, e que apenas precisávamos das praias para o ripanço e para dar a barbatana, e que os cereais vinham da Rússia, enquanto os nossos terrenos agrícolas estão a ser povoadas de lobos que já desfilam pelas povoações ao seu bel-prazer, a alimentar-se das ovelhas subsidiadas pela Europa, que estão quase a acabar, e os lobos a multiplicar, qualquer dia será o agricultor que terá o destino do lobo, e será classificado em vias de extinção. É que o lobo tem a sorte de ser protegido!
Com mais um anúncio de cortes nas pensões e abonos de família, para continuar a dar o subsidio de maternidade a quem praticar o aborto voluntario da gravidez, isto esta a ficar complicado. Agora só se for o corte de barba e cabelo, antes da água e da luz, já que não podem cortar a água benta, que é fornecida (graças a Deus) a fundo perdido. A Lusitânia, caiu num ridículo, que faz lembrar a menina da má vida, que já nem o “Kama Sutra” é capaz de adivinhar em que posição vai terminar o dia. Desleixou-se de tal maneira, que os clientes mais abastados já fogem dela e, é agora obrigada a calcorrear por caminhos mais obscuros, e trocar os palácios pelas tendas do Khadafi, antes de cair nos braços do Togo e do Burkina Faso.
 É urgente que venha a “Geração à rasca”; não a de doze de Março, que reivindicava o que não quer, sem saber o que quer, exibindo cartazes a mendigar pela felicidade sem perceber que há que lutar para consegui-la e que não é capaz de saber respeitar os avós e os deixa morrer à fome nos vãos das escadas, é uma geração que nunca será respeitada por ninguém, nem pelos próprios filhos. Que venha a verdadeira “Geração à rasca”, aquela que sabe o que quer, sem pretensões a tachos nem panelas, e que tem nojo dos apaniguados que vivem delas, mas sim com ideias e projectos, com vontade e capacidade de criar empresas e empregos, que querem produzir, trabalhar, exportar e governar. Que venham os verdadeiros filhos de Maio de 68 em Paris / França, e os de Junho de 89 da praça de Tiananmem / China, que estão á rasca porque nós (progenitores) nascemos de cócoras sem nunca levantar a cabeça, porque somos cobardes e rascas, porque escolhemos sempre governantes rascas e consentimos que eles transfiram a “rasquice” da sua incompetência profissional privada para a vida pública, quando vêem um boi tem de abrir a enciclopédia para distinguir a frente da retaguarda, e que destruíram o futuro da “Geração à rasca”. Pois que venha a geração que CASCA nesta classe politica RASCA (tão miserável que dá arrepios de os ouvir dirigir-se ao povo como se, de atrasados mentais se trata-se), e que os mandem vender frigoríficos para o pólo norte.
Benditas as palavras do poeta António Aleixo:”Há tantos burros a mandar em homens de inteligência que, às vezes, fico a pensar que a burrice e a estupidez são uma ciência”.

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