domingo, 29 de janeiro de 2012

Privatizam-se elefantes!

(01/07/2011)
Sem ofensa para os “trombudos” amigos do ambiente, e maiores animais da Terra, que (apenas) usam as patas para andar e esmagar melancias antes de se alimentar: trata-se aqui de Elefantes Brancos, que com suas poderosas patas, esmagam os contribuintes, como se de uma singela porcelana de Limoges se trata-se.
Segundo as origens dos Elefantes albinos do sudeste Asiático, a oferta de um Elefante Branco, poderia ser uma bênção (para os ricos) por ser sagrado e impedido de trabalhar, ou uma maldição (para os pobres) porque o animal não tinha uso prático que recompensa-se o uso da sua manutenção que é desproporcional à sua utilidade ou valor. Para condecorar os mais “insaciáveis” foi criada em 1861 pelo Rei Rama IV, a “Ordem do Elefante Branco”.
Segundo as regras Asiáticas, as “amaldiçoadas”Piscinas Municipais de Monção, há muito deveriam ter sido condecoradas, por se tratar de um enorme Elefante Branco, devorador insaciável do erário público, que os “pobres” Monçanenses tem de suportar, em detrimento de necessidades básicas urgentes, e de tanta pobreza envergonhada!
O que “lá” se passa, é uma vergonha e uma afronta aos sacrifícios que nos estão a ser exigidos, para sair do atoleiro em que os (des) governantes nos enterraram. A esmola (dos políticos) era grande, o pobre deveria ter desconfiado, e feito contas para ver se o presente não vinha envenenado. Mas, já que ninguém previu, temos agora que remediar, e procurar saber por onde anda o nosso dinheirinho, que tanto jeito dava para arredondar o fim do mês, e fazer contas á vida a “especular” com os dados que temos, que sabemos, que pagamos e não comemos, para que o Elefante Branco tenha abundância na manjedoura, enquanto nós continuamos religiosamente a comer “caldo de nabo” á moda dos chefes de duvidosa “higiene” moral.
Os produtos alimentícios consumidos mensalmente pelo “animal”, passam por duas ementas: Ginásio e Piscinas. Para um correcto funcionamento, o primeiro “devera” gastar “seis ingredientes”, entre monitores, responsáveis técnicos, manutenção e limpeza. O segundo (mais recheado) devera andar pelos dezasseis, distribuídos na recepção, monitores de natação, nadadores salvadores, manutenção de equipamento, limpeza, arranjos exteriores e tratamento da “pelagem” do “Elefante”. Tudo somado, são duas equipes de futebol (que não jogam) sentadas no banco. Depois de apurada a quantidade (de duvidosa qualidade) convém agora apurar o valor da factura que os nossos queridos impostos andam por aí a pagar.
Se atribuirmos um salário mensal “barato” (a fundo perdido) de 800€ líquidos, mais 11% para a Segurança Social, mais 23,75% de taxa social única, á qual devemos juntar 80€ de subsidio de alimentação e mais 2% em seguros que dão acesso às privadas hospitalizações, consultas e reeducações, e ainda à saúde visual e “dental”, e fornecimento de óculos graduados e (com jeitinho) de sol, para além do branqueamento no “corta palha” de toda a família, que vem falsear as estatísticas Lusitanas, que dão uma cárie por boca no privado, e que em certos sectores públicos dão vinte e oito cáries, e por vezes são necessárias três bocas para justificar tanto buraco, que custam em média mais 10% do salário, e já vamos num valor mensal de 1256€ por cabeça. E se tivermos em conta que esta “malta”, faz de conta que trabalha onze meses por ano e recebe catorze, a cabeça vale agora 1589€ mensais, ponderando ainda a substituição no seu mês de férias, chegamos enfim aos 1719€ que multiplicados por vinte e duas cabeças, somam + ou - 37.000€ mensais e 407.500€ anuais.
Se pensar que isto é suficiente para abastecer a manjedoura, e saciar o apetite do animal, está enganado. Falta ainda contabilizar os gastos em electricidade, gás, água, produtos de limpeza e manutenção, matérias de substituição e reparação que poderá alcançar o “rico” preço de manutenção da locomotiva do “Oriente Express”, que rondará os 10.000€ mensais e 120.000€ anuais. Resumindo e concluindo, o animal facturará 10.000€ e “engolirá” 47.000€ ao mês, e 564.000 € por ano, o equivalente ao que uma família gasta em noventa anos de trabalho com o salário mínimo nacional. Que lindo negocio!
Que mais valia ou utilidade social, traz este Elefante Branco para o Município, a não ser para delapidar os recursos públicos? E se investíssemos esses valores nos deficientes, que querem viver e não vivem? Nos idosos que não querem morrer abandonados, e morrem? Nas crianças que precisam de apoio para enfrentar o futuro, e não tem? Nos jovens que precisam de ajuda para entrar na vida activa, e não encontram? (.) O que é um criminoso? Quem rouba um pão? Quem estaciona em cima do passeio? O que é isto?
Será um “insulto” pedir aos nossos representantes (em cortejos e procissões, sardinhadas e serões, farras e excursões) onde é que poderemos encontrar estes valores exactos? A não ser que tudo isto, ande embrulhado nas rubricas orçamentais da viação rural e municipal, desporto e cultura, limpeza de valetas, rotundas e recintos escolares, no tratamento de águas públicas, pluviais e residuais, na iluminação de Natal e “ressurreição Pascal”, e ainda na ex-líbris rubrica “OUTROS”, que é um género de “menage-a-trois” multiplicada por três, onde o principal requisito, é a imaginação! Por onde anda a Troika?
Se cada concelho de Portugal, participar nesta festa com meia dúzia destes Elefantes comilões, nem cinquenta Troikas conseguirão apurar os desfalques de milhões.
Enfim, uma gota num mar de desperdícios, provocada por um mar de incompetentes, que desgraçam Portugal, e continuam (como se nada fosse) nesta farra monumental. Musica maestro!

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