domingo, 29 de janeiro de 2012

Privatizam-se elefantes!

(01/07/2011)
Sem ofensa para os “trombudos” amigos do ambiente, e maiores animais da Terra, que (apenas) usam as patas para andar e esmagar melancias antes de se alimentar: trata-se aqui de Elefantes Brancos, que com suas poderosas patas, esmagam os contribuintes, como se de uma singela porcelana de Limoges se trata-se.
Segundo as origens dos Elefantes albinos do sudeste Asiático, a oferta de um Elefante Branco, poderia ser uma bênção (para os ricos) por ser sagrado e impedido de trabalhar, ou uma maldição (para os pobres) porque o animal não tinha uso prático que recompensa-se o uso da sua manutenção que é desproporcional à sua utilidade ou valor. Para condecorar os mais “insaciáveis” foi criada em 1861 pelo Rei Rama IV, a “Ordem do Elefante Branco”.
Segundo as regras Asiáticas, as “amaldiçoadas”Piscinas Municipais de Monção, há muito deveriam ter sido condecoradas, por se tratar de um enorme Elefante Branco, devorador insaciável do erário público, que os “pobres” Monçanenses tem de suportar, em detrimento de necessidades básicas urgentes, e de tanta pobreza envergonhada!
O que “lá” se passa, é uma vergonha e uma afronta aos sacrifícios que nos estão a ser exigidos, para sair do atoleiro em que os (des) governantes nos enterraram. A esmola (dos políticos) era grande, o pobre deveria ter desconfiado, e feito contas para ver se o presente não vinha envenenado. Mas, já que ninguém previu, temos agora que remediar, e procurar saber por onde anda o nosso dinheirinho, que tanto jeito dava para arredondar o fim do mês, e fazer contas á vida a “especular” com os dados que temos, que sabemos, que pagamos e não comemos, para que o Elefante Branco tenha abundância na manjedoura, enquanto nós continuamos religiosamente a comer “caldo de nabo” á moda dos chefes de duvidosa “higiene” moral.
Os produtos alimentícios consumidos mensalmente pelo “animal”, passam por duas ementas: Ginásio e Piscinas. Para um correcto funcionamento, o primeiro “devera” gastar “seis ingredientes”, entre monitores, responsáveis técnicos, manutenção e limpeza. O segundo (mais recheado) devera andar pelos dezasseis, distribuídos na recepção, monitores de natação, nadadores salvadores, manutenção de equipamento, limpeza, arranjos exteriores e tratamento da “pelagem” do “Elefante”. Tudo somado, são duas equipes de futebol (que não jogam) sentadas no banco. Depois de apurada a quantidade (de duvidosa qualidade) convém agora apurar o valor da factura que os nossos queridos impostos andam por aí a pagar.
Se atribuirmos um salário mensal “barato” (a fundo perdido) de 800€ líquidos, mais 11% para a Segurança Social, mais 23,75% de taxa social única, á qual devemos juntar 80€ de subsidio de alimentação e mais 2% em seguros que dão acesso às privadas hospitalizações, consultas e reeducações, e ainda à saúde visual e “dental”, e fornecimento de óculos graduados e (com jeitinho) de sol, para além do branqueamento no “corta palha” de toda a família, que vem falsear as estatísticas Lusitanas, que dão uma cárie por boca no privado, e que em certos sectores públicos dão vinte e oito cáries, e por vezes são necessárias três bocas para justificar tanto buraco, que custam em média mais 10% do salário, e já vamos num valor mensal de 1256€ por cabeça. E se tivermos em conta que esta “malta”, faz de conta que trabalha onze meses por ano e recebe catorze, a cabeça vale agora 1589€ mensais, ponderando ainda a substituição no seu mês de férias, chegamos enfim aos 1719€ que multiplicados por vinte e duas cabeças, somam + ou - 37.000€ mensais e 407.500€ anuais.
Se pensar que isto é suficiente para abastecer a manjedoura, e saciar o apetite do animal, está enganado. Falta ainda contabilizar os gastos em electricidade, gás, água, produtos de limpeza e manutenção, matérias de substituição e reparação que poderá alcançar o “rico” preço de manutenção da locomotiva do “Oriente Express”, que rondará os 10.000€ mensais e 120.000€ anuais. Resumindo e concluindo, o animal facturará 10.000€ e “engolirá” 47.000€ ao mês, e 564.000 € por ano, o equivalente ao que uma família gasta em noventa anos de trabalho com o salário mínimo nacional. Que lindo negocio!
Que mais valia ou utilidade social, traz este Elefante Branco para o Município, a não ser para delapidar os recursos públicos? E se investíssemos esses valores nos deficientes, que querem viver e não vivem? Nos idosos que não querem morrer abandonados, e morrem? Nas crianças que precisam de apoio para enfrentar o futuro, e não tem? Nos jovens que precisam de ajuda para entrar na vida activa, e não encontram? (.) O que é um criminoso? Quem rouba um pão? Quem estaciona em cima do passeio? O que é isto?
Será um “insulto” pedir aos nossos representantes (em cortejos e procissões, sardinhadas e serões, farras e excursões) onde é que poderemos encontrar estes valores exactos? A não ser que tudo isto, ande embrulhado nas rubricas orçamentais da viação rural e municipal, desporto e cultura, limpeza de valetas, rotundas e recintos escolares, no tratamento de águas públicas, pluviais e residuais, na iluminação de Natal e “ressurreição Pascal”, e ainda na ex-líbris rubrica “OUTROS”, que é um género de “menage-a-trois” multiplicada por três, onde o principal requisito, é a imaginação! Por onde anda a Troika?
Se cada concelho de Portugal, participar nesta festa com meia dúzia destes Elefantes comilões, nem cinquenta Troikas conseguirão apurar os desfalques de milhões.
Enfim, uma gota num mar de desperdícios, provocada por um mar de incompetentes, que desgraçam Portugal, e continuam (como se nada fosse) nesta farra monumental. Musica maestro!

Os PEC (ados) do juízo final!

(15/05/2011)
Heróis do mar, nobre povo, e agora?! Que o país do Zé Cabra levou a melhor sobre o país de Camões, Torga, Essa, Pessoa, e que já nos tratam de LIXO e de povo mais caloteiro do planeta, lá vamos (nós) outra vez, os de sempre, para eleições como sempre, eleger os de sempre, para ouvir a musica de sempre por mais seis meses, (se Deus quiser) até entendermos, que o nosso (melhor) governo somos nós, e que se nós não fazemos nada por nós, não serão os “vendilhões do templo” que o farão, a não ser delapidar ainda mais o pouco que nos resta, para lançar na fogueira das vaidades e da “safadice”, que já nem vergonha nem meios tem, para comemorar o 25 do mês das mentiras, e da ilusão da nossa liberdade.
Na ausência de um metalúrgico como o Lula da Silva para nos arrancar das unhas ao diabo, teremos que “gramar” outra vez, com mais um Senhor Doutor, (á Bolonhesa) que segundo o Lusitano, lhe basta o título para estar habilitado a administrar tudo, desde o Sexy Shop, ao mais alto cargo da Nação, quando na realidade envergonham a classe, a sociedade e a Pátria que representam. Com esta mentalidade (Lusitana) bacoca de bandeirinha á janela, o berço da Lusofonia, nunca terá a honra de ver um metalúrgico nacional ou trabalhador braçal, obter o seu doutoramento “Honoris Causa” pela Universidade de Coimbra, nem alcançar o mais alto cargo da Nação, que só os iluminados “encanudados” conseguem. Mas é preciso considerar que esses medíocres e oportunistas, são alérgicos á inteligência, e defendem com unhas e dentes as posições conquistadas, como verdadeiras fortalezas amuralhadas, infestadas de panelinhas de arrivismo que nos levaram ao estado onde chegamos: A miséria!
Com três P E Cs e um ano de atraso, os políticos, decidiram eleger o F M I para nos governar na próxima década, antes de nos “autorizarem” eleger mais um governo, que não terá outro peso decisório que o de um capataz, nas mãos da Troika F M I, B C E, U E, (que nos ensina a governar), da Troika dos Ex Presidentes, (fieis avalistas desta herança), antes de ir parar nas mãos da Troika, Portas, Coelho e Sócrates, (prato combinado) da União Nacional, que nos vão “espremer” num cerco monumental, que comparado com um baile, nem com os olhos vamos poder dançar.
A Lusitânia é hoje um pedinte, subsidiodependente, “confeccionada” de uma sociedade corrupta, endividada até á ponta das orelhas, incompetentíssima a transbordar de vícios, improdutiva, desleixada e desmazelada, e a única no mundo a ser visitada três vezes pelo F M I nos últimos trinta anos, sem nunca aprender a lição, ao ponto de a Grécia e a Costa do Marfim, fugirem da nossa companhia, para nos dar o exclusivo em 2012, de porta-bandeira e único país dos 180 (seleccionados), a encolher em vez de crescer, e voltar á velha máxima: Orgulhosamente sós! Em constante erosão, desde o pântano á tanga, para terminar de fio dental, de cara tapada de vergonha (e cu ao léu), com destino certo para o caixote do lixo.
Se o assunto não fosse arrepiante, isto poderia parecer mais uma história aos quadradinhos de Hergé, com “Tintin na Feira Popular”, cujos protagonistas Dupont & Dupont (Sócrates & Coelho) de megafone em punho, se gladiam a pregoar: Anda a roda /faça o seu jogo/ tente (outra vez) a sua sorte. Resta-nos agora apostar no, Dupont (capaz de tudo) ou no Dupont (capaz de nada), este, ingénuo que mais parece um agente infiltrado da campanha do Dupont (capaz de tudo) que, quando as sondagens lhe oferecem 40%, em vez de se fazer de morto, logo trata de as encolher para metade, ameaçando que a saúde e o ensino público vão acabar, a caixa vai privatizar, o P E C/IV tem que engordar e o I V A vai aumentar. E parece obrigado a pedir licença ao Dupont (capaz de tudo) para lhe dizer (na cara) que é um aldrabão compulsivo, que prometeu 150.000 postos de trabalho e deu cabo de 700.000, que encerrou 5.000 escolas, centenas de maternidades e centros de saúde, que prometeu o cheque (ao) bebé e tirou-lhe o abono a 650 mil, que “comprou” o voto da função pública com o aumento de 3%para depois de (ganhar) lhes “vender” 6%, que o nosso crescimento económico é o pior dos últimos 90 anos, que a divida pública é a pior dos últimos 160 anos, que a divida externa é a pior dos últimos 120 anos, que em 6 anos aumentou a dívida de 80 mil milhões para 160 mil milhões de euros, que se gaba de “aumentar” as receitas a “diminuir” os salários de quem trabalha, que o desemprego é o pior dos últimos 80 anos, que a vaga de emigração é a pior desde o século XIX, que em 180 países somos os únicos a não crescer em 2012, que diz que a crise é mundial mas o F M I “mora” em Portugal, que é forte com os fracos e um fraco (lambe botas) com “as”fortes, que diz nunca governar com o F M I mas em nome da Pátria é preferível que ir para o desemprego, que aumentou o I V A para 23% aos “ricaços” desempregados e pensionistas de 200 euros e desceu para 6% aos “pobrezinhos” empresários do golfe, que estrategicamente intoxicou a opinião pública a convence-la que estávamos enterrados (na coisa) até as orelhas para depois acolher os aplausos da populaça ao anunciar a “boa nova” que já podemos respirar porque só estamos enterrados (na coisa) até ao pescoço! Com currículos destes, os Dupont e os Tintin, saem todos a ganhar, para regozijo do “Zé Povinho” que continuamos a alimentar esta (bandalheira) politica desacreditada, desrespeitada, desconsiderada que não passa de um bando de oportunistas parasitários, cujo objectivo é manter a teia de compadrios, que até salivam a falar da crise nos telejornais, como verdadeiros criminosos acossados pela polícia antes de nos surripiar:”o voto que é a nossa arma / já sabemos o que isso é / cada vez que a manejamos / damos um tiro no pé.”
Estes “pregoeiros” políticos, tem tanto de ineficácia governativa como tem de talento e batota para vender a banha da cobra, ao ponto de me fazerem lembrar, “El Garganta de Plata”, refugiado da guerra civil espanhola, que na vanguarda da tecnologia do planeamento familiar e afins, andava pelas aldeias a vender preservativos de tripa ao metro, (com tanto sucesso das de hoje, á moda do Porto), e meias de vidro “afrodisíacas”. Tal como os “Gargantas ” actuais: pregoava! “Para não ter mais filhos/ trabalha com cuidadinho/ deverás vestir-te sempre/ de camisa sem colarinho” (.) “Comprem meninas comprem/ meias que vem de Baiona/ chegam do fundo dos pés/ até ao cima da? -/ comprem meninas comprem!”
Sei que nunca mais vou arranjar um tachinho de “jeito”; mas pronto(s), é o preço a pagar por não abdicar deste prazer (do caraças), em brindar esta “malta” toda, com o gesto imortalizado por Bordalo-Pinheiro: “Toma!”

A Europa dos pequeninos.

(01/04/2011)
Uma das maiores alegrias da minha vida, aconteceu quando entramos para a Comunidade Europeia. A maior foi de ver a felicidade da minha avó quando fiz a primeira comunhão.
A Europa, era para nós a esperança de alcançar a terra prometida dos bons salários, saúde, boas reformas e protecção social, sob o lema da “Liberdade Igualdade e Fraternidade”, protegidos por um céu Europeu onde nada de mal nos poderia acontecer. O tempo foi passando e o sonho desmoronando. Tudo não passava de uma ilusão, de sol de pouca dura e água de instantânea fervura. Ao ritmo que a neblina da ilusão ia evaporando, tudo ficava mais transparente, para ver os agricultores a fugir da terra, os pescadores a fugir do mar, a industria a definhar, e os fundos comunitários a servirem para trocar o velho televisor pelo plasma, a bicicleta pelo jipe, o barco de pesca pelo barco de recreio e para trocar a enxada pela raquete, pelas barbatanas, pelo taco (o pau) e as bolas e para invadir os campos de golfe a reclamar que a relva é nossa.
A aragem que soprava de norte, anunciava-nos um futuro tranquilo a comer, beber, dormir e com intervalos para festejar, ao ponto de as escolas profissionais serem transformadas em fabricas de formação de hoteleiros, serventes de mesa e cozinheiros, em vez de pedreiros, carpinteiros e serralheiros para aumentar a produção e a exportação e inverter os 70% que consumimos para os 30% que (miseravelmente) produzimos em vez de andar a manter “batalhões” de lambões, mandriões e comilões que transvestidos de gente, só sabem viver da mingua do subsidio público, e fazem de nós os desgraçadinhos da Europa dos pequeninos, comparados com os da carteira que valem por três, tal como o Espanhol o Alemão e o Francês.
Esta união de “facto” e gravata, só poderá ter sido engendrada por países com ambições de alargar a área de caça, para além das suas fronteiras onde os senhorios do couto, atraídos pelo “pântano” de Guterres e pela tanga do “cherne”, escolheram (estrategicamente) um pequeno país periférico praticamente falido, para promover Durão Barroso a presidente da União Europeia. Faz-me lembrar o Faneca que imigrou para a capital, e por lá permaneceu doze meses a distribuir embrulhos (de bicicleta) e só, quando os “municipais” desembrulharam o embrulho para embrulhar o Faneca, é que ele percebeu na embrulhada que estava metido. Mas como “isto” é um viveiro de talentos com perfil para estas trafulhices, vieram logo a seguir contratar Victor Constâncio para vice-governador do Banco Central Europeu, e recompensa-lo dos serviços prestados no funeral do B P N ao permitir que os coveiros cavassem o buraco da sepultura com tal profundidade que já lá jazem cinco mil milhões de euros dos contribuintes, e ao que parece, a procissão ainda não saio do adro. Que credibilidade tem a Europa, ao por esta gente á frente dos destinos de meio Mundo? E como fomos (também) seleccionados para fazer o trabalho sujo de presidir o comité das sanções contra a Líbia, receberemos (em breve) a visita dos terroristas, enquanto os outros países recebem o petróleo.
Parece que, até o lusitano mais distraído, já terá percebido que é a Alemanha quem dita a meteorologia na Comunidade, mas parece ter-se esquecido que a Alemanha nunca morreu de amores pela Europa, e só não a ajoelhou através das armas porque não conseguiu, e nunca nos perdoou de ter sido vencida e proibida de fabricar armamento durante o período da guerra fria. Tempo precioso que soube aproveitar sabiamente para se modernizar e fortalecer a sua indústria, enquanto nós brincava-mos a fabricar armas de “pólvora seca”, ela fabricava a mãe de todas as armas: O dinheiro!
Às três, foi mesmo de vez. Agora que tinha-mos a nossa vidinha arrumada, habituados a viver de fundos perdidos, com lugar cativo e mesa reservada no restaurante, e garrafa de digestivo privada na prateleira do café; lá vem a “sem vergonha” fechar a torneira para nos por a viver com fundos de juros acrescidos, que logo teremos que devolver á proveniência, para lhes comprar o que a eles lhes sobra, e que a nós tanta falta nos faz. No preciso momento que a sardinha Galega era uma delícia, e que apenas precisávamos das praias para o ripanço e para dar a barbatana, e que os cereais vinham da Rússia, enquanto os nossos terrenos agrícolas estão a ser povoadas de lobos que já desfilam pelas povoações ao seu bel-prazer, a alimentar-se das ovelhas subsidiadas pela Europa, que estão quase a acabar, e os lobos a multiplicar, qualquer dia será o agricultor que terá o destino do lobo, e será classificado em vias de extinção. É que o lobo tem a sorte de ser protegido!
Com mais um anúncio de cortes nas pensões e abonos de família, para continuar a dar o subsidio de maternidade a quem praticar o aborto voluntario da gravidez, isto esta a ficar complicado. Agora só se for o corte de barba e cabelo, antes da água e da luz, já que não podem cortar a água benta, que é fornecida (graças a Deus) a fundo perdido. A Lusitânia, caiu num ridículo, que faz lembrar a menina da má vida, que já nem o “Kama Sutra” é capaz de adivinhar em que posição vai terminar o dia. Desleixou-se de tal maneira, que os clientes mais abastados já fogem dela e, é agora obrigada a calcorrear por caminhos mais obscuros, e trocar os palácios pelas tendas do Khadafi, antes de cair nos braços do Togo e do Burkina Faso.
 É urgente que venha a “Geração à rasca”; não a de doze de Março, que reivindicava o que não quer, sem saber o que quer, exibindo cartazes a mendigar pela felicidade sem perceber que há que lutar para consegui-la e que não é capaz de saber respeitar os avós e os deixa morrer à fome nos vãos das escadas, é uma geração que nunca será respeitada por ninguém, nem pelos próprios filhos. Que venha a verdadeira “Geração à rasca”, aquela que sabe o que quer, sem pretensões a tachos nem panelas, e que tem nojo dos apaniguados que vivem delas, mas sim com ideias e projectos, com vontade e capacidade de criar empresas e empregos, que querem produzir, trabalhar, exportar e governar. Que venham os verdadeiros filhos de Maio de 68 em Paris / França, e os de Junho de 89 da praça de Tiananmem / China, que estão á rasca porque nós (progenitores) nascemos de cócoras sem nunca levantar a cabeça, porque somos cobardes e rascas, porque escolhemos sempre governantes rascas e consentimos que eles transfiram a “rasquice” da sua incompetência profissional privada para a vida pública, quando vêem um boi tem de abrir a enciclopédia para distinguir a frente da retaguarda, e que destruíram o futuro da “Geração à rasca”. Pois que venha a geração que CASCA nesta classe politica RASCA (tão miserável que dá arrepios de os ouvir dirigir-se ao povo como se, de atrasados mentais se trata-se), e que os mandem vender frigoríficos para o pólo norte.
Benditas as palavras do poeta António Aleixo:”Há tantos burros a mandar em homens de inteligência que, às vezes, fico a pensar que a burrice e a estupidez são uma ciência”.

“Nem só os gatos, caem de pé”

(15/01/2011)
Ao regressar da escola, pendurava a saca de lona no galho da figueira antes de subir na companhia do (reguila) meu gato, um mandrião que só queria comer, dormir e vagabundear. Certo dia, o valentão subiu tão alto que não conseguia regressar. O tio Bento que por ali passava, fincado num pau, logo me tranquilizou: os gatos caem sempre de pé. “Atirou o pau ao gato, mas o gato não morreu”, e em salto de parafuso caiu de pé em cima da saca, e dali para o chão apostos para nova aventura.
Não encontrei melhor caricatura para retratar a nova fórmula de ingresso dos candidatos à herança do tacho e à carteira dos contribuintes. Diz-se, quando a coisa cheira a mofo ou a trafulhice, que esta pratica é como entrar pela porta do cavalo: outros dizem que é, por baixo da capa, e ainda, por arte de berliques. Seja lá como for, a tal porta não tinha sentinela e os intrusos acabaram por entrar.
Vem isto a propósito de, (a ser verdade o que consta por aí) em dada altura de 2006, a Câmara ter lançado o concurso de concessão do ginásio e clube de saúde do complexo das piscinas municipais. Os concorrentes interessados, depois de terem analisado a documentação, concluíram que muito dificilmente poderiam cumprir, e para não entrar em sarilhos fugiram daquilo como o diabo foge da cruz. Mas, para espanto de todos, um deles, sem mais rodeios, de peito feito arrematou o negócio sem qualquer hesitação. Só que a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima: o diabo teve necessidade de puxar a manta para cobrir outras “aflições”, e descobriu então, o porquê de tanta valentia. É que o (tal) valentão não cumpria com nada, e nem as rendas pagava. Mas como “os amigos” são para as ocasiões, e neste caso o amigo é rico, (à custa do erário público) em vês de dar ordem de despejo e da penhora dos bens, decidiu premiar os incumpridores, e contrata-los: já que estes não se safavam na qualidade de patrões, safam-se agora na qualidade de funcionários com o tachinho garantido.
Custa-me acreditar que tudo isto tenha sido premeditado: não acredito em feiticeiras, mas que as há há. È que, em Julho de 2010, o assunto foi discutido (em reunião da Câmara) sem votação, como que para deitar o barro á parede a ver se a coisa pegava, tal como o namorado quando começa a apalpar a namorada: se não houver contestação continua a pesquisa. Neste caso a coisa foi de tal maneira consentida que em Outubro do mesmo ano o “acto” estava já consumado.
Perante tais malabarismos, resta-nos ser solidários com as centenas de candidatos (ao tacho) que vão ficando para traz, a murchar na fila de espera para cobrar o “servicinho”, prestado na última “campanha”. Mesmo sentados, não vão conseguir porque a coisa esta de tal maneira profissionalizada, que será mais fácil fotografar o ânus de um senegalês, no fundo de uma mina, às duas da manhã e sem flash, de que terem a mais pequena réstia de esperança de um dia lá chegar.
Poderá esta situação servir de lição para os jovens empresários cá do burgo, que andam certinhos, direitinhos, que com o fruto do seu trabalho cumprem com os seus funcionários, fornecedores e outros deveres, e ainda (sem fruto) mas com língua de palmo e meio (através dos impostos) tem que abastecer a manjedoura da concorrência que nos obriga a manter (vivos) elefantes brancos que com suas poderosas patas tudo esmagam e destroem em seu redor!
Portanto, se os jovens empresários pretenderem conseguir algo na vida, terão que dar nas vistas para atrair a simpatia dos angariadores e dos “olheiros” à procura de novos “valores”. É claro que terão de mandar o trabalho às malvas e seguir este programa de formação acelerada, que me dei ao trabalho de preparar, que garante um progresso fulminante na carreira. É sabido que (por estas bandas) a competência e a ciência dos livros, já há muito que estão ultrapassadoas e só conseguem singrar na vida os que vivem da experiencia acumulada na ratice. Em primeiro lugar, há que mudar radicalmente de vida. O candidato preferido, devera levantar-se depois das onze e deitar-se por volta das quatro de la matina. O período nocturno, é o mais rentável e vantajoso para fazer conhecimentos com os angariadores, os quais deverão ficar impressionados com a facilidade que é capaz de emborcar uma dúzia de bagaços, o que exige treino e persistência. Convêm cuidar da aparência: um cabelo seboso e cheiro a gato falecido, conferem aquele ar “gauche” que é indispensável ao sucesso no recrutamento. Se seguir esta formação á risca, pode estar descansado e certo de que já é um deles e o próximo a preencher a vaga sem ter de andar a lamber currículos, que nunca trazem nada a ninguém. Depois, basta seguir a manada dos Boys durante o horário laboral, que serão distribuídos, entre as piscinas e ginásio para engrossar a lista de clientes e para (ir bulindo alguma coisinha e) não correr o risco de enferrujar.
Voltando ao assunto, e visto isto à primeira e à segunda, não consigo encontrar nenhuma transparência, nenhuma moralidade, nenhuma ética nem legalidade: mas isto é tão só a opinião de um “freguês” abaixo de segunda que espera que os sete “magníficos” que tomam estas decisões, que são formados em tudo “e mais alguma coisa”, não se tenham enganado.
Num país, praticamente falido, com famílias a ficar sem casa, sem emprego, sem alimentação e empresas a desmoronar, é triste ver gente desta que passa vida a pavonear, ofuscada pelo brilho do bâton em vês do betão para trabalhar e alicerçar, que não encontram outro destino mais nobre para dar aos dinheiros públicos, senão o gasta-lo a premiar a mediocridade que nem trabalha nem deixam trabalhar.
O leitor, deverá meditar no que acabou de ler. Imagine ver o beneficiário dos seus impostos a abrir uma porta ao lado do seu comércio, para oferecer o mesmo serviço sem qualquer despesa, numa concorrência pirata e desleal que o obriga a si, a suportar as suas despesas e as dele. Fica a pergunta?
É bem verdade. Quando o chefe pode fazer o que quer, corre sempre o risco de que queira o que não deve querer.

Negócios da China!

(01/01/2011)
A televisão transmitia imagens de um tanque de guerra que parecia atropelar um jovem. Não se tratava da cena de um qualquer filme da especialidade. Eram imagens reais que chegavam da praça de Tiananmem na China na noite de três para quatro de Junho de 1989 numa manifestação a favor da democracia que foi reprimida sangrentamente com cem mortos segundo as autoridades e dois mil segundo os manifestantes.
Esta notícia, provocou a proliferação de comentadores, moralistas e fazedores de opinião a ocupar tudo quanto era palcos, palanques, púlpitos, e mesas redondas a disputar audiências com a novela, “A Tieta do Agreste”, num discurso de “incontinência” verbal, a dizer dos (comunistas) chineses o que o diabo não diz da cruz. Só faltava acusa-los de “comer criancinhas”, e de passarem a vida a pedalar para os salários de miséria.
Só que, enquanto eles pedalavam para subir a rampa do progresso a caminho do desenvolvimento e do futuro, nós descíamos a rampa em roda livre a caminho dos bancos, onde toda a “boa gente” se encontrava à procura da felicidade prometida. Os “grandes” eram recebidos em privado para se endividar em nome do povo, enquanto o povo fazia fila ao balcão, com a página da revista cor-de-rosa na mão, que mais parecia o testamento (do tio americano) a oferecer-nos o carro novo, a nova casa e as ferias à sombra dos coqueiros, e a garantia de tudo isso ser pago no dia de “São Nunca” à tarde. A surpresa foi quando o dia de “São Nunca” resolveu vir mais cedo para nos por a pedalar a caminho da sopa dos pobres, e a desmascarar a nossa velhacaria de católicos “praticantes”, que um dia aprovamos a lei do aborto e do casamento gay, e no dia seguinte estendemos o tapete ao Santo Padre (o todo poderoso) para nos creditar na conta corrente algumas “indulgências” a fim de nos facilitar o caminho do Céu, e com “devoção” mais terrena estendemos o mesmo tapete ao Chinês Hu Jintao (o todo poderosíssimo) para nos creditar na mesma conta alguns (yuan) euros, a fim de dar uma ajudinha a calcorrear os caminhos lamacentos cá na Terra.
As voltas que o Mundo dá!.. Já nem o facto de (Liu Xiaobo) o Premio Nobel da Paz não poder receber o seu galardão em liberdade, incomoda os moralistas. Havendo “pasta” à vista, já ninguém se importa de ser “comido”.
Agora que vendemos os dedos e os anéis, e que a vergonha (ou a falta dela) nos impede de “vender” a avó; passamos a vender a divida publica, (ou lá o que isso quer dizer). Os Franceses venderam e pagaram alguma divida, com cento e vinte aviões Airbus. Nós vamos pagar o “calote” com o azeite Galo e a bolacha Maria, a não ser que o Sr. Chinês desconfie da nossa “religiosidade” e prefira algo de mais palpável, tal como Bancos (sem buracos) a E D P, Aeroportos, Portos Marítimos, a P T, C P, Galpe etc. Enfim: valha-nos (pelo menos) o Santuário de Fátima para rezar pela nossa soberania, cada vez menos soberana!
Quem vem do tempo em que o “disco virava” e o Lucky Luke fumava, sabe que isto já não endireita com remodelações, uniões ou eleições; a melodia é sempre a mesma. Já que o “Dr. Oliveira” não volta para por esta ladroagem toda na cadeia, que venha o F M I avisar esta gente, que não é mais possível viverem descaradamente com salários de milhões, iates, montes no Alentejo e comissões, à custa dos enteados de Abril, (que vivem com tostões) escorraçados da Pátria (do coração) e obrigados a emigrar (outra vez) com a mala de cartão, antes que os Blindados encomendados para a cimeira da NATO comessem a mostrar serviço e o verdadeiro objectivo para que foram comprados. Se alguém tiver duvidas e queira arriscar, que atire a primeira “pedra”!
Só vejo uma solução, para sair deste atoleiro. Deveríamos aproveitar o momento de o governo Chinês andar ás compras, e em vez de vender-lhe a dívida pública, vender-lhe os nossos políticos, em troca de governantes Chineses que ponham “isto” a pedalar, nem que tenhamos que por “algum”do nosso bolso! Estou certo, que passado meio mandato, já estaríamos a ganhar e com as contas niveladas. É claro que ficariam muitos órfãos a chorar, sem teta para mamar, teriam que perder as saudades da chucha, e habituar-se à desmama, a pedalar.
Este seria o negócio da China. Os políticos Chineses que passam a vida a trabalhar e os nossos a festejar, teriam o entretenimento que precisam! Tal como, mais magustos, mais passeios organizados de cama, mesa e cantoria à desgarrada, teriam mais jantares de fim de ano (velho) e inicio de ano (novo), mais festas de aniversário no estrangeiro, mais jantares de estação do ano, de mês, e até “diárias”, ao nível da mais requintada comissão de festas. 
O que está a acontecer, não andará muito longe de uma maldição ou o castigo de andar-mos de cócoras há décadas, a venerar políticos de fraca bitola, (com paninhos quentes, luvas de pelica, e falinhas mansas), que não fazem ideia, o que é governar, esbanjam o mealheiro para reinar e quando batem no fundo do mealheiro, assaltam os salários de quem anda a trabalhar. Isto só pode mudar, quando o eleitor, em vez de aplaudir o político na inauguração, for capaz de avaliar a obra e o seu custo e por o político na prisão, porque é nestas “benfeitorias” que estão (mascaradas) as malfeitorias que fazem de nós eternos candidatos à esmola do cabaz de “Natal”, em troca da sua reeleição. Enfim, tudo não passa de um negócio entre pedintes. Com gestores assim, nenhuma empresa privava sobreviveria mais de uma semana, e quem aceita “isto” à frente do nosso destino, não pode (depois) queixar-se de andar de mão estendida pelas ruas da amargura, como há muito previa Guerra Junqueiro, que nos via assim: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, que nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante (…) Uma burguesia cívica e politicamente corrupta até à medula, que não discrimina o bem do mal, sem palavra, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia”…
O pior, é que passadas tantas décadas, o meu amigo (que voltou de Lisboa sem fortuna, mas com a alcunha de “Alfacinha Cantador”), continua a cantar: “Meninas” do bairro alto / que fazeis ao que ganhais / trazeis vossos pais descalços / nem uns tamancos lhe dais (…) Os gatinhos abre os olhos / dias depois de nascer / nós andamos a vida toda / ceguinhos até morrer…”
Agora que nada escapa aos olhos de Deus (no Céu) e aos olhos do Australiano, Julian Assange, fundador da Wikileaks (na terra): o nosso mundo contínua (alegremente) limitado a um palmo á frente do nariz!

Empobrecer a trabalhar.

(01/11/2010)
De valentes e destemidos descobridores, depressa descemos ao patamar dos não recomendados, ao ponto de as nossas figuras mais mediáticas, servirem de modelo para “retratos robot” na identificação de vigaristas.
                A polícia Finlandesa procura um vigarista identificado, como tendo a cara (chapada) de “Durão Barroso”. A vítima do conto do vigário, deveria saber que nós por cá não necessitamos da Caverna de Alli-Baba nem dos seus Quarenta Ladrões para continuar a, empobrecer a trabalhar e a nos endividar em quinhentos mil contos á hora, e pagar juros quatro vezes mais caros de que os (nossos donos) Alemães. Mesmo assim, quando precisamos de “abastecer”, já meio mundo nos bate com a porta na cara, e na cara dos bisnetos que ainda aguardam a ovulação “nas jóias de família” dos bisavós e já estão rotulados de futuros vigaristas, endividados até á ponta dos cabelos. Com medidas e mais medidas, tomadas com “apertos do coração” que nos obrigam a apertar o cinto, numa governação que faz lembrar o sujeito que morreu à sede no deserto por ter achado mais útil lavar as botas com o ultimo cantil de água.
Há oitenta (e tal) anos atrás, numa situação parecida á de hoje, os Lusitanos fartos de esperar pela descida dos impostos e do “Salvador do Mundo” meteram-se a caminho á procura do Homem Providencial, e foi em Coimbra que encontraram o “Salvador da Pátria” na pessoa do “Dr. Oliveira”. Quando chegou ao “posto de comando” logo verificou que a raposa tinha andado na capoeira, a qual ficou sem galinhas, sem ovos e sem omeletas para ninguém. Safou-se quem pôde, na governação da “VARA”, e do Estado Novo, numa estranha União Nacional. Passadas algumas décadas, sem “Novidades” e sem União, o”Dr. Oliveira” caío da cadeira dando lugar á “ilusão” da governação da “CENOURA”, que á semelhança da anterior, tem o mesmo objectivo da permanência no poder.
Esta, uma governação “à-la-carte”, segundo o paladar do freguês, num género de Velho Estado e Desunião Nacional, dividido em três pacotes. Um terço de “assistentes” (trabalhadores) a cultivar cenouras, e dois terços de “assistidos” e vigaristas a come-las. Só que o terço dos “assistentes” foi reduzindo, e ganhando juízo, passando a cultivar cenouras apenas para consumo próprio. È claro que os “assistidos” não acham piada nenhuma à falta de “abastecimento”, e andam agora todos baralhados num jogo de espelhos a olhar da “esquerda” para a “direita” sem conseguir encontrar as diferenças entre as “cópias” e os “originais”. O tacho bem rapado, mal lavado, e (já) pouco cobiçado, com impostos a subir e salários a descer, é o prenúncio de tempos difíceis, a pão e “vinho”, andar caminho e “bico” caladinho.
                Isto continuará assim, enquanto não se abandonarem as governações teóricas “celestiais” e optar pelas”terrais” e tradicionais, tal como as do Tio Chico, que só falhou duas vezes a presença na feira quinzenal, enquanto não conseguiu conjugar a VARA, a CENOURA, e o BURRO. A primeira ausência, aconteceu quando o BURRO, recusou de o levar á feira, e a segunda, quando depois de uma abundante refeição o “dito cujo” ter achado conveniente ficar a dormir a sesta. Às três, foi de vez! O tio Chico, montou no burro, pendurou uma cenoura na ponta da vara, que colocou meio metro à frente do focinho do BURRO, este para apanhar a cenoura lá foi avançando até ao destino para conseguir a recompensa e aprender a lição, que não há maior prazer do que viver do fruto do “seu”trabalho, e que, quem não trabalha, nunca saberá o que é o prazer de descansar.
Mas, para iniciar a governação tradicional, acho que seria discriminatório e “injusto” não aliviar os (cenouritas) “assistidos”, da chatice de levantar-se da cama às dez, para ir ao bar tomar a torrada e meia de leite, antes de passar pelo quiosque com todo o tempo do mundo, ler as notícias de todos os jornais sem comprar nenhum, seguindo a tradicional ronda de visitas às filas do centro de saúde, para levantar a “guia de marcha”das ferias sazonais, e chatear os verdadeiros doentes, ao ponto de estes desmaiarem antes de ser atendidos. No regresso a casa, é passagem obrigatória pelo laboratório e proceder á entrega do frasco do chichi, adquirido nos locais de “costume” com componentes (qb) para que os resultados analíticos permitam a caminhada até a prova oral da Junta Medica da Caixa, cujos dotes teatrais são adquiridos na observação das telenovelas Mexicanas, para evitar qualquer percalço na representação. É claro, que com tais requisitos, é provável que a reforme por (invalidez), venha antes dos quarenta, com a vida “toda”pela frente, para competir com a coelhada no desbaste de cenourais.
Poderão aumentar os impostos, as vezes que quiserem, terão que repetir a dose no próximo ano e (muitos) anos seguintes enquanto o País nada produzir e continuar hipnotizado. Os “velhos” já não podem dar mais; os poucos (menos velhos) que ainda estão empregados, já andam estafados de manter os cursos da “renda” e dos bordados.
É estranhíssimo, ver governantes do presente, do passado e banqueiros a puxar todos do mesmo lado para que o orçamento seja aprovado e continuar a depenar o desgraçado. Qual será o medo de toda esta gente? Quantos buracos haverá mais (a tapar) por aí? É urgente que venha (já) o F M I, senão nunca mais sairemos daqui!
Há quem diga, que a governação da “VARA” foi uma desgraça (e foi) e quem afirme a pés juntos, que a governação da “CENOURA” é uma desgraça (e peras), ao ponto de levar o desespero dos Lusitanos “sempre atentos” a elegerem o Dr. “Oliveira”, a personalidade mais importante de sempre, á frente de Vasco da Gama, Camões, D. Afonso Henriques, deixando os governantes da “CENOURA” no último lugar atrás do Zé Cabra e da Ana Malhoa.
O lusitano anda quase a virar da cabeça. Ainda há pouco, ouvíamos um (ex) Presidente dizer que havia vida para além do défice, agora com a porta arrombada, diz que não há quem viva com um défice assim. Quando vemos, uma rapaziada (convertida em mandantes), com experiencia teórica e administrativa adquirida ao domingo depois da hora da missa, e a pratica, na sede dos partidos, a contar bandeiras e sacas plásticas para distribuir na feira da ladra. Quando vemos reformados candidatos a presidentes e presidentes reformados, tal como metade dos deputados e representantes municipais, tudo isto é de estranhar! Há tantas profissões, cujo objectivo é de conseguir chegar vivo à idade da reforma e fugir sem olhar para trás.
Embora, também é verdade, que para desempenhar certos “ altos cargos” não é exigida grande capacidade física e mental, por isso, mesmo em “estado de coma”, esses senhores podem continuar a acumular o salário com as “várias”reformas, que o prejuízo na produção não vai sofrer grandes alterações. Assim, filhos e netos dos “hibernantes” tem o futuro assegurado, sentados a “petiscar” á mesa do orçamento. Os “Príncipes” da Republica tem sempre lugar cativo no trono, ao contrário de tantos jovens que continuam a ser “ridiculizados” por uma “comandita” de Boys, Girls, e outros moribundos, verdadeiras pragas da sociedade que, tal como os galos, com as patas enterradas no estrume pensam que o sol nasce todas as manhãs, para os ouvir cantar.
A vida não esta fácil para os “deserdados” da Pátria. Porem eles sabem que, quando a casa cair, os ratos são os primeiros a fugir. Enquanto não vem a derrocada, os jovens também sabem, que mais vale morrer de pé, de que viver ajoelhado. Só que, enquanto eles dançam o “tango”, será este o nosso fado.
Já dizia o Rei: Isto é, “um País de bananas governado por sacanas”.                     

sábado, 21 de janeiro de 2012

Vontade lhe seja feita!

(15/09/2010)
Falou, está falado: A “senhora” não permite mais chumbos nas escolas Lusitanas! Quando ouvi a notícia, aplaudi energicamente como se de um golo (de letra) se tratasse marcado pelo avançado do meu clube. Mas quando percebi que a notícia tentava impingir-me a comparação com a Noruega, a Dinamarca, Finlândia e Suécia (fiquei triste) e tive a sensação de ver o golo anulado por fora de jogo.
Tais medidas só serão entendíveis se percebermos que são tomadas por pessoas formadas nos anos em que um Senhor-que-mandava-na-gente (também conhecido pelo picareta falante) ficou apaixonado pela educação ao ponto de decretar (logo de pancada) um brinde de dois pontos para cada aluno, cujos beneficiários agora no activo (e donos do nosso pobre destino) vem mimar-nos com estas medidas que só eles poderão entender. É “sabido” que as paixões têm curta duração e terminam sempre em asneira. Aqui também se cumpriu a regra. A coisa começou a desafinar quando os alunos de nota zero passaram de imediato a “ver-se” dez por cento e dois pontos menos burros do que os orelhudos em vias de extinção.
Os outros (não-burros) de cem por cento e nota vinte, (embora em pequena quantidade), ficaram todos baralhados com a burrice dos números vindos do “apaixonado”  que complicou todos os conceitos ao demonstrarem que o valor máximo de vinte valores poderia ser de vinte e dois e que a percentagem de cem chegava aos cento e dez.
Encarando o caso por outra perspectiva, seria como dizer-se (em linguagem paroquiana) que em cada vinte Lusitanos (dessa fornada) poderiam existir vinte e dois burros.
Quando questionado com esta embrulhada, (o apaixonado) respondeu com a frase de lapidar, que até hoje fica gravada na memória: BOM, É SO FAZER AS CONTAS. Mas como as contas saíram todas furadas, o homem pôs-se na “alheta” deixando a vaga para os sucessores (da tanga) que apenas se serviram do lugar para reservar o bilhete com destino das férias em Bruxelas, enquanto nós (os orelhudos) não podemos afastar-nos da barraca mais de cinquenta metros, (por falta de liquidez) continuamos a batalhar e estrebuchar para conseguir manter a cabeça fora do pântano em que esta gente nos meteu.
Voltando ao assunto, a Senhora, devera ter “alunado”, e portanto ausente da realidade terrestre à uma eternidade! Deveria estar informada que os Países que pretendem imitar estão dotados de dirigentes formados sem brindes nem facilitismos, cujas cabeças absorveram o chumbo todo, deixando as escolas sem possibilidade de chumbar os alunos, os quais depois de formados poderão voar sem chumbo na asa ao contrário dos nossos que voam à deriva sem possibilidade de (nunca) encontrar o seu destino.
À primeira vista, a Senhora não tem nada de “Sueca”! Mas se arriscar a comparação do ensino do seu planeta com o dos Suecos, poderá faze-lo e candidatar-se à maior vergonha da sua vida. Por aquelas bandas não se perde tempo com frases feitas; as reformas na educação não tem o mesmo calendário das eleições, são alérgicas as estatísticas e não tem o mesmo horário das vistosas manchetes nem da abertura dos telejornais. Por lá ensina-se, aprende-se, estuda-se, ponto final paragrafo. Valoriza-se a escola de proximidade, valoriza-se os Professores ao ponto de serem considerados parte da família dos seus alunos que acompanham durante seis anos. As turmas do ensino básico não ultrapassam os doze alunos e no secundário fica-se entre os oito e os dez. Mais de metade das escolas básicas são tão pequenas que para formar uma turma são necessários alunos de várias idades. As escolas de referência funcionam com quatro turmas e sempre com menos de cinquenta alunos no total. Os alunos com dificuldades não precisam de pagar explicações, são ajudados até ao último “til” para seguir em frente nos seus estudos.
As escolas de referência escandinavas, são para a Senhora escolas de fracasso, como a vergonha do encerramento das escolas de Merufe e Riba de Mouro com perto de cem alunos. Ainda hoje são caso único no País. Este ano lectivo, tentaram ditar a mesma sorte a uma escola idêntica no Toural em Bragança, mas tiveram azar, porque ali, o Agrupamento e a Câmara  estavam do lado dos pais a dar força e contestar a uma só voz para conseguir manter a escola aberta e preservar o símbolo do progresso e a garantia da não desertificação daquela Freguesia. Em Merufe e Riba de Mouro, os pais foram abandonados à sua sorte ao ponto de verem os seus filhos partir de camioneta a caminho dos mega-agrupamentos ou “amontoamentos”onde é impossível, Ensinar, Estudar, Aprender, Brincar, Alimentar ou Descansar.
A cinco de Outubro, ao meio dia, serão inauguradas mais cem escolas. A garantia que no próximo ano lectivo outras tantas serão encerradas. Deveria a Senhora converter as escolas (agora) abandonadas em lares de terceira idade e capelas mortuárias para que não haja nenhumas dúvidas do destino que foi traçado para o futuro dessas freguesias. A MORTE. Estas trapalhadas são o resultado dos facilitismos que não fazem dos burros menos burros, mas fazem com que as estatísticas não mostrem através dos números reveladores a dimensão da sua burrice.
Todos sabemos que as estatísticas servem para isso mesmo, para nos enganar a nós próprios e para demonstrar aquilo que a gente quiser. Conhecemos bem os exemplos clássicos: o do fulano que se afogou num rio que tinha em média sete centímetros de fundo….ou o dos dois compadres que vão ao restaurante, pedem um frango, um deles comeu o frango todo, o outro ficou de barriga a dar horas e depois estatisticamente foi provado que cada um deles comeu metade do frango.
                Enquanto esperamos (mumificados) que passem meia dúzia de gerações para chegar aos calcanhares do ensino Escandinavo, deveria a senhora assinar uma aliança com os seus homólogos do ensino Marroquino, pelo menos, sairíamos da escola habilitados a andar com a tenda ás costas para vender tapetes e relógios de “marca”, o que seria menos humilhante de que mandar os licenciados estagiar para as novas oportunidades ou mendigar nas filas dos centros de (des) emprego.
Enfim, desnecessários serão outros exemplos; os Lusitanos os conhecem todos, acham que isto anda muito mal, mas ninguém mexe uma palha para melhorar. Não havendo palha mexida é evidente que os Senhores-que-mandam-na-gente, fazem de nós cada vez mais burros, e continuam (há meio século) a delapidar a Lusitânia, ao ponto de agora não terem capacidade para prestar-nos os serviços mínimos que (pagamos) e temos direito. Para compensar a delapidação, fecham-se as escolas de dez, de vinte, de cinquenta, de duzentos, de quinhentos, soltam-se os pedófilos, fecham-se os centros de saúde, e (quem vier atrás que feche a porta), enquanto nós andamos a discutir, muito alarmados a “desgraça” do stress-pós-ferias cujos felizardos se queixam de terem que voltar ao trabalho, ignorando com desprezo, os seiscentos mil desempregados sem (bronze) e sem férias, que andam stressados o ano todo.
Se tal mudança no ensino viesse a acontecer, ao ponto de nos transformar em Lusitános-Suecos, a nova geração iria provocar tensões e complexos de inferioridade nos actuais Senhores Doutores burros quando os novos Senhores Doutores cultos entrassem na vida activa.
Por isso será recomendável não mexer muito na “coisa”, e deixa-la tal como está. Todos burros, velhos e novos. É muito mais democrático. Viva a democracia Lusitana!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As noivas de Stº António

(01/08/2010)
Sempre desconfiei dos políticos com “inteligência” acima da média, capazes de formar-se sem por os pés na universidade, com tiques de roer a corda logo que chegam ao poder e que à primeira oportunidade se enrolam com “farinha do mesmo saco”, (que a rói mesmo antes de lá chegar) numa união de facto digna de um Romeu e Julieta com separação de bens, mas que nos obriga a separar-nos dos nossos.
Agora que o Benfica dobrou as bandeiras, o Papa terminou a visita á Lusitânia, e a Selecção de futebol regressou (do Safari em África), ainda a tempo de assistir á abertura da garrafa de ketchup, e ver transformar-se os golos prometidos em prémios de cento e cinquenta mil contos para o seleccionador e de vinte mil contos para cada jogador incluindo um tal de Zé Castro que nem chegou a desfazer as malas, enquanto nós, o Lusitano de gema, pobrete mas alegrete vai ter de substituir as vuvuzelas pelas goelas para contestar contra o aumento do I V A, com percentagem igual, para o pão e leite, caviar e champanhe francesa, (cujos preços já andavam pela hora da morte) e contra as portagens das SCUT, e ainda contra o corte (para alem das pernas) no rendimento mínimo, subsidio de desemprego, complemento solidário para idosos, apoio a deficientes, nas pensões, nos salários, e na dedução com a saúde e educação e ainda no aumento do IRS e IRC.
                Agora, já tenho sérias dúvidas se a mensagem de esperança de Bento XVI vai conseguir superar a desesperança em que esta parelha nos colocou, agarrados á nossa fé a rezar para que percebam que a Lusitânia é fértil em terra, mar, e sol a brilhar, mas que precisa de trabalhar, e que a resolução da crise não está na espoliação de valores materiais a quem já foi (descaradamente) espoliado, mas sim na sementeira de valores morais, que dificilmente dará seus frutos, invadida por más companhias e ervas daninhas que alastram, contaminam e destroem tudo em seu redor.
Tinha razão o velho pescador de “Verão Azul” quando dizia: foge sempre das más companhias! e quando o adolescente lhe perguntou como poderia ele identifica-las, respondeu: são as que querem levar-te para os caminhos ilusórios da vida, cujo destino será sempre o abismo.
                Hoje seriam necessários vários Vitores Hugo para reescrever “OS MISERAVEIS”, estes reciclados em caixeiros-viajantes, portadores de ilusões e de Magalhães, como quem leva amendoins ao jardim zoológico para guilhotinar e destruir mentes de crianças em formação, criar nelas vícios que chegam como viajantes, visitam-nas como hospedes e ficam sempre como donos da casa, para de seguida serem largadas as feras, na selva da vida, sem perceber que tudo tem o seu inicio a Somar (as receitas), Subtrair (as despesas), Multiplicar (os lucros) para depois poder Dividir. Se na teoria o Magalhães dividir dez peras por cinco crianças, tocam duas a cada uma: se na realidade a pereira não produzir peras, não toca nenhuma e a conta está errada. Poderão estas regras ser consideradas prosaicas ou primárias, o certo é que são as únicas. Qualquer outra engenharia financeira com as equações resolvidas e janelas abertas a indicar-nos os nossos direitos, são como a pereira sem peras que de nada valem ao omitir uma visita cuidadosa à janela dos nossos deveres.
                Já convivi, paredes meias com varias crises: algumas delas a preto e branco. Quando se falava de fome era mesmo fome de estômago aflito e não se confundia a falta de trabalho com a falta de vontade de trabalhar. Seis pessoas em seis horas semeavam terra suficiente para dar pão durante seis meses a seis famílias. Hoje, para estagiar o nada que se aprendeu nas (estafadas) novas oportunidades, põe-se vinte pessoas, (iludidas e enganadas) a raspar canteiros de vinte metros quadrados durante um mês, como que, para lhes indicar o fim da remuneração e o caminho para o inferno do desemprego. Deveriam os oportunistas e culpados saber transformar a crise em verdadeiras oportunidades, os problemas em possibilidades, as situações em soluções e acções, em vez de ilusões e lamentações: o sonho só será um sonho, se lutarmos para alcança-lo, senão tornar-se há um pesadelo.
Esta crise Lusitana é mais da falta de juízo, vergonha e de gente capaz de por isto a funcionar, com coragem para ajudar quem precisa, que luta e quer levantar-se e empurrar de uma vez por todas os parasitas que querem cair. Nunca o provérbio chinês esteve tão actual. Não ofereças o peixe, oferece a cana e ensina a pescar! Pelas crises que passei não adiantava contemplar a mesa do orçamento familiar ou do estado, não havia mesmo nada para comer, e nem as fronteiras fechadas a sete chaves impediram de procurar noutras paragens um melhor aconchego para o estômago e para a dignidade. Hoje com esta crise mais colorida de “rosa” ninguém arreda pé mesmo com as fronteiras escancaradas, enquanto a mesa do orçamento do estado e familiar estiverem recheadas de sacrifícios de muitos progenitores e contribuintes resistentes, que continuam a ser esfolhados vivos pelas vítimas do sistema que já não vêem outro futuro senão o que as más companhias lhe oferecem em troca da permanência no controlo do poder.
                Esta é uma crise económica, mas ninguém tem dúvidas que o epicentro deste terramoto teve início numa enorme crise de valores. No meu tempo de criança o Pai Natal andava sempre falido, raramente passava e quando o fazia deixava uma prendazinha com a recomendação de a estimar até à próxima visita. Agora, em cada Natal há um Banco falido antes de o “Pai”visitar a “filharada” para lhes deixar meia dúzia de prendas às quais não dão nenhum valor enquanto existir mais um Banco para falir. No meu tempo de aluno “relâmpago”, no parque de estacionamento da Escola, estacionava o carro do Professor: agora o Professor vai de bicicleta (a pedalar) para “descolesterolisar” e os alunos vão de popó, ocupam o estacionamento e os passeios, não há por onde passar. No meu tempo de “namoradeiro”, nós os pobres íamos à romaria a pé, os remediados de autocarro e os ricos iam todos enlatados na mesma viatura: agora a mãe leva um popó enquanto o pai fica a “lamber” e a lavar os pratos (isto agora é assim) depois o pai leva outro e os filhos, levam cada um o seu acompanhados das respectivas “metades caras”. No caminho da vida há que acelerar ou travar segundo as dificuldades do percurso. É claro que com estas crises de “vacas “ gordas temos sempre a tentação a ganhar hábitos e vícios que mais tarde ou mais cedo teremos que abandonar para não por em risco a saúde da nossa carteira. É que, QUEM COME CABRITOS E CABRAS NÂO TEM, DE ONDE É QUE LHE VEM? Tenho muita pena, mas isto já lá não vai com as orações e as tácticas do Jesus de Nazaré: a dar a outra face; Vamos ser obrigados a optar pelas tácticas do Jesus do Benfica e pô-los a correr a dobrar. É que, para viver basta um pouco de vida, para fazer algo de útil na vida é preciso muito mais.   
          Continuemos a dizer às Agencias de RATING que vão mandar recados lá para a terra deles. Cá na Lusitânia mandam os santos populares e as “NOIVAS de SANTO ANTONIO”. Siga a rusga!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Patriotas, Sempre!

(15/06/2010)
Não adianta chorar sobre leite derramado: o que esta feito, esta feito e pronto! Sabemos que vamos ganhar menos e que eles vão gastar mais; sabemos que eles vivem com a crise à soleira da porta e nós com ela dentro de casa há uma eternidade. O pessimismo nunca foi bom conselheiro e não será porque os nossos governantes passam a vida a aprovar orçamentos rectificativos que vamos baixar os braços. Isso apenas quer dizer (em linguagem chã) que previmos por alto as “entradas”e por baixo as “saídas”, e o que aconteceu foi precisamente o contrário. Quem deitar as culpas às nossas leis que não castigam os incompetentes e que permitem este jogo da “vermelhinha” é porque não conhecem as leis dos Estangeiros-de- Fora; por exemplo, na Florida é obrigatório tomar banho vestido.
Em Detroit é proibido dormir na banheira. Em Oxford, Ohio as mulheres podem fazer o que lhes apetece, menos despir-se diante de retratos de homens e no Missouri a cerveja é proibida aos elefantes, portanto não me venham cá com a desculpa das leis para passar a vida a puxar os nossos governantes para “baixo” ; não vamos também agora imitar a história do Senhor Prior que estava muito doente, já em modos de se perder a esperança, mas um grupo das suas ovelhas mais chegadas não largava o altar do Santíssimo a pedir pela sua saúde. Foi quando a tia Miquelina entrou muito agoniada e reprovou o acto: está o Senhor prior, coitadinho, quase a entrar no Céu e vocês não param de o puxar para baixo com essas rezas todas.
Portanto deixemos ir (em paz) quem vai e que tenha boa viagem que já não vai sem tempo. Foi uma pena, termos desperdiçado as regras do velho ditado Chinês: se queres ser feliz umas horas, compra uma boa garrafa de vinho; se desejas a felicidade por uns anos, arranja uma bela mulher; se ambicionares a felicidade para a vida, compra um jardim! É claro que perante tal escolha, o Lusitano não tem duvidas, a garrafinha é sempre a nossa preferida, todo o resto é secundário, mesmo o de escolher uma comissão de festas para governar um País ou um Concelho em vez de uma equipe de verdadeiros governantes: é indiferente! Deus que deu o Mundo, há-de ter mão nele. Agora que já nem para vinho temos e sabemos de fonte limpa, (limpinha) que o décimo terceiro mês e o subsidio de ferias vão à vida e um terço do salário vai fazer-lhe companhia dentro de em breve, não vamos agora abandonar os nossos governantes que são exactamente a replica dos seus governados!  estranho seria que eles fossem diferentes tendo em conta a qualidade dos jurados e os critérios de selecção. Portanto missão cumprida e nada a acrescentar.
Apurada a divida da Lusitânia, que dava para oferecer um Porche a cada Lusitano, em vez de nos oferecerem a sopa dos pobres, chegou a hora de sermos solidários e mostrar o nosso patriotismo, e por imperativos nacionais, não podemos ficar impávidos e serenos face aqueles sujeitos de Bruxelas que vem com ameaças só por a gente se ter distraído e alargado um pouco em arraiais, magustos, subidas e descidas do Douro e na inauguração de uns fontenários de utilidade indiscutível que são o seguro de “vida”na política para quem pretender fazer carreira digna de se ver nesta “santa terra”. Neste sentido, procurando também ajudar os candidatos à, “rapa do tacho e aos que estão rapa-lo”, os quais já não encontram maneira suave de nos anunciar a boa nova da “rapadela” que vamos sofrer, aqui vai o humilde contributo de quem dá a mão à palmatória e reconhece as proporcionais culpas no cartório.
Uma das medidas com resultados imediatos, seria a de eliminar os polícias das auto-estradas. Vai uma “pessoa” atrasado para assistir ao concerto do Tony Carreira e vê-se à rasca para os detectar enquanto conduz o carro entre os 180 e 200 quilómetros hora, podendo ao distrair-se provocar inúmeros acidentes na estrada. Por outro lado, com o medo de ser apanhados e soprar ao balão desistimos de comer um leitãozinho (bem regado à moda da Mealhada), com prejuízos irreparáveis para os comerciantes e a consequente redução do IRC.
        Outra das medidas que me parece bem, seria a de reduzir o número de professores. A rapaziada só vai à escola porque é obrigada e gasta a maior parte do tempo a namorar e a dar umas lambidelas. Agora, o que interessa é ter calma, entre os brindes e os saltos do sétimo para o nono, do oitavo para o décimo e as novas oportunidades não há um “Cristo” que fique sem o décimo segundo ano. Portanto nada de analfabetos. Por isso ter turmas de vinte e cinco ou de noventa e seis é rigorosamente a mesma coisa, porque a maioria nunca lá põe os pés!
 Outra das medidas que daria jeito, seria a de acabar com os transportes públicos: Na prática só servem para deslocar os tesos e reformados porque o resto da malta não prescinde do popó privado; Alem do mais, as camionetas impedem o trânsito, são difíceis de ultrapassar e põe em perigo a segurança rodoviária.
Deveríamos ter em conta, a medida de decretar a semana de quatro dias de trabalho, que seria (apenas) oficializar o que já se verifica. Poupava-se energia porque deixava de ser necessário recorrer aos esquemas cansativos de meter baixa, inventar a morte dos tios, ou ter de decretar tolerância de ponto e outras ratices já bem identificadas.
Os centros de Saúde servem apenas para passar receitas aos velhinhos que sabem exactamente o que querem. O funcionário poderia fotocopiar e autenticar a receita que já bem prontinha (apenas interessam os descontos) e assim reduzir o tempo para a marcação da consulta e o tempo de espera para ser consultado, a malta aplaude e agradece.
Uma das medidas de mais relevo e que seria de muita utilidade para a redução do défice é de saber tirar o máximo de rentabilidade nas transacções comerciais entre exportações e importações. Saber negociar aquilo que temos de melhor em troca do que eles de melhor tem: como por exemplo, os Mourinhos e os Ronaldos em troca de F-16, Helicópteros (Puma) Submarinos, Mercedes, BMWs, Audis (de entrega imediata) para continuar a dar nas vistas, e deixar já apalavrado para breve a importação de batata, vinho, pêra roxa, carapau, leite magro e meio gordo e outros alimentos de primeira necessidade que acrescentaremos à lista de compras segundo as necessidades que serão eminentes. É que se as nossas mais valiosas exportações só servem para bater palminhas, mais vale faze-lo no Jardim Zoológico, sempre teremos a sorte de apanhar algumas moedas e amendoim para debulhar.
Todas estas medidas são urgentes. Porem será muito mais importante desfrutar dos jogos da nossa selecção de futebol, da “conquista” dos troféus (de duas pernas) do Ronaldo e do final de “perfeito coração” e só depois, tentar averiguar porque razão os nomeados políticos (com salário muito duvidoso) se baldaram com a ajuda para a redução do défice.
É claro que também tenho umas “dicas” para agravar o défice de nove para catorze ou quinze % mas só as revelarei em troca de um tachito com as mordomias constitucionais em vigor. Patriota sempre!

Seus Invejosos!

(01/05/2010)
A inveja nunca deu bons resultados. Disso reza a historia desde que Caim fez aquela “patifaria” ao seu irmão. O tempo passou, e vemos ainda tantos Países deste Mundo de Cristo, que não podem olhar para a nossa Lusitânia, sem começarem logo a invejar-nos, e a ficar com uma dolorosa dor de cotovelo, e tentar imitar-nos desavergonhadamente.
Nunca vão conseguir, porque há uma data de séculos que o Mundo sabe que somos uma terra de brandos costumes, de gente acomodada à espera que S/Pedro resolva os nossos problemas, e que a resolução dos mesmos nos caia do Céu aos trambolhões, sem perceber que só a (vergar a mola) trabalhar é que conseguimos; onde não existem descriminações, preconceitos, racismos nem falta de vergonha, nem nada dessas tretas que fazem os países atrasados em relação ao que se costuma chamar pomposamente a CIVILIZAÇÃO. E também não é verdade que os nossos Marinheiros (valentes) descobridores, depois de meses seguidos no mar, ficavam (meios) malucos, capazes de tudo, e até de fazer amor com orangotangos (sem tanga) que se lhes atravessassem pela frente. É tudo inveja, e pouco mais.
Os estrangeiros, lá do “Estrangeiro-de-fora”, que ponham os olhos nos nossos pedófilos! Dinâmicos empresários, que põem os putos nas suas empresas, para fazer deles trabalhadores “especializados”sem precisar dos cursos financiados pelo fundo social Europeu, e conseguem deslizar entre os dedos da justiça, como areia de praia para manter-se no activo até que a releva se instala. Só lhes falta serem recebidos na assembleia da república, com aplausos e aclamação! Onde é que os estrangeiros, conseguem arranjar automobilistas como os nossos, capazes de ser apanhados quarenta vezes a conduzir as suas viaturas sem carta, e ainda terem a “lata” de se apresentarem no posto da guarda, de Popó e tudo. E os que conduzem com mais de sete gramas de bagaço no sangue? Isto só na Lusitânia, pois claro. Eles que se arrumem: com meio grama de caipirinha, já nem conseguem levantar as calças da mesa da Taberna. São uns copitos de leite, mais nada. Onde é que eles conseguem (enquanto o diabo esfrega um olho) diminuir a “analfabetaria” em 90%,mesmo se na semana a seguir vão comer um piquenique onde na anterior deitaram o lixo, por não saber ler um letreiro com letras grandes (AQUI LIXO NÃO POR FAVOR). E morrem todos de inveja por não terem como nós, “uns amigos do alheio” que em três sessões põe-nos: a “pelintrada” contribuidora a contribuir pelas duas vertentes: a voluntaria aforradora e a involuntária com língua de palmo e meio. Já que estão a salivar, aqui vai um cheirinho, depois façam pela vida: Isto resume-se a dois “colmeais” de abelhas, um abastecido pelo enxameal com língua de palmo e meio, (o contribuinte) e o outro pelo voluntario aforrador. De vez enquanto o enxameador faz a “colheita” do mel no “voluntario” (B.P.N) - Banco Pai Natal, o qual é de imediato reposto pelo produzido, pelo da língua de palmo e meio, e já esta. A seguir, tudo combinado (para que a “pelintrada” não desanime: chama-se o Alberto João ao CONT-NENTE para lhe dizer que não vai mais uma “cheta”para a terra dele porque já lá estão as “chetas” todos nas Offshore: o “amigo”parece que não conhece os “Cubanos” do CONT-NENTE. Mamar sim, abusar isso é que não. Isto poderia dar mais episódios do que a série DALLAS. Adiante. Onde é que os invejosos (lá de fora) deixam de avaliar os alunos, para que estes não sofram interrupções na “carreira”, e passam a avaliar os professores, para que estes nunca mais cheguem ao topo da mesma? E encontrar (des) governantes que deixam cair as carruagens do comboio, e seus utentes pelas rabinas, por falta de uma saca de parafusos para fixar os carris da linha do Tua, e de repente, (Abracadabra), já esta, o T G V novinho em folha para mostrar aos Estrangeiros-de-fora, que a Lusitânia anda nos píncaros da modernidade. Esta, faz me lembrar um sujeito apelidado (por razões obvias) de Fio Dental. Tinha uma estatura de um metro oitenta e três, e pesava cinquenta e sete quilos: afiançavam as línguas “viperinas” que de tão delgadinho que era, quando tinha uma erecção, caía de bruços. Queira Deus que a Lusitânia com estas erecções de grande velocidade, não caia em cima de nós. Embora até poderá dar algum jeito, para aqueles que pretendam iniciar-se em astronomia. Já que o objectivo é de ver estrelas, o resultado está garantido.
 Se estes exemplos não chegam, para que a estrangeirada morra de inveja, podemos ainda gabar-nos de não ter Barquetas para a pesca da sardinha, mas temos submarinos “negociados a grande profundidade”, que quando emergem à superfície trazem o congelamento dos salários e levam os 3 euros (seiscentos escudos) do aumento das reformas, para compor o salário de 3.100.000 euros (SEIS CENTOS E VINTE MIL CONTOS) ao” extra terrestre” MEXIA, e outro tanto para pagar a “renda” ao RENDEIRO. O primeiro (talvez) pelo seu “exemplar” esforço de cortar a luz aos velhinhos que morrem de frio por não poderem pagar a factura, e o segundo (talvez) por ter acelerado a falência do Banco que administrava. E assim se trata abaixo de cão quem trabalha: Trolhas, Agricultores, Comerciantes e Doutores -- Enfermeiros, Professores, taxistas e Pescadores, e ainda outros tantos trabalhadores, que, para “ agradecimento” de carregar a Lusitânia às costas, levam com estas chapadas de “m - - - a” na cara, dos “Extraterrestres”, culpados pela fome e miséria, doença, analfabetismo, tribalismo e esclavagismo de pá e pica ou de computador. Mas há eleições! Mas há estabilizações a propugnar e estábulos a acautelar! A verdade nunca se disse nem se diz toda. Na ditadura imperava a Censura; na democracia, impera o espectáculo. O circo tornou-se mais decisivo do que o pão. É rendoso divertir. É perigoso advertir. É pela cartilha da solidariedade que se faz campanha. As vozes muitas, as nozes nem vê-las. Este é o Portugal do “tal”gostinho especial, dos sem emprego e dos sem terra, dos sem casa e dos sem carro, dos sem férias e dos sem reforma, dos sem assistência e dos sem cultura, dos sem presente e dos sem futuro. Mas para a manutenção de tantos “sem” é natural que existam bastantes sem vergonha: Alguns com “cem” empregos para compensar e contrabalançar os que não tem nenhum. Outros com estulto e astuto verbo democrático. Mas que tem sorte: as vítimas do sistema (como sempre) preferem ir para a fila mendigar, do que ir para a rua refilar. Bem dizia o Gondoleiro de “ A Morte em Veneza”, havemos de paga-las!
                E agora? Damos graças a Deus, pelos dentes fortes que nos deu. O pão que estes Diabos amassaram, vai ser muito duro de roer. Vamos ver-nos GREGOS! (…)